domingo, 28 de março de 2010


reflita nesta Pascoa...DEus é o criador de nosso Senhor!!!
Que a ressureição de Jesus traga para nossos corações
alegria e a coragem para recomeçar sempre.
Feliz páscoa




Páscoa é ser capaz de mudar, é partilhar a vida na esperança, é lutar para vencer toda sorte de sofrimento.
Páscoa é esperança...
Páscoa é dizer sim ao amor e à vida, é investir na fraternidade, é lutar por um mundo melhor, é vivenciar a solidariedade.
Páscoa é amor!

Páscoa é ajudar mais gente a ser gente, é viver em constante libertação, é crer na vida.
Páscoa é vencer..
Páscoa é renascimento, é recomeço, é uma nova chance pra gente melhorar as coisas que não gostamos em nós.
Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho e vermos que hoje somos melhores do que fomos ontem.

Feliz Páscoa!!!

segunda-feira, 8 de março de 2010

atividades na educação infantil


A MÚSICA DOS NOMES
IDADE> A partir de 4 meses.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
OBJETIVOS> Reconhecer o próprio nome e reforçar o vínculo com o educador.
Escolha uma música na qual você possa incluir o nome das crianças. Alguns exemplos: “Se Eu Fosse um Peixinho”, “A Canoa Virou”, “Ciranda, Cirandinha” e “Fui no Itororó”. Reúna a turma em um local agradável e cante. Os bebês também podem participar, já que a intenção é fazer com que se familiarizem com os nomes. Aos que já andam, sugira uma roda, que vai se formando com aqueles que ouvem o próprio nome.
HORA DA COLHEITA
IDADE> A partir de 3 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina ou papel cartão, argila, tinta, dado com um lado de cada cor, miniatura de um passarinho (de plástico ou origami) e vasilhas ou cestinhos coloridos.
OBJETIVOS> Integrar-se ao grupo e colaborar com os colegas.
PREPARAÇÃO> Cole uma gravura ou desenhe uma árvore cheia de galhos do tamanho de uma cartolina para servir de tabuleiro. Faça frutinhas de argila, deixe secar e pinte-as com as mesmas cores do dado que será usado no jogo. Em uma das faces dele, desenhe um passarinho. Confeccione também cestinhas de origami ou arrume vasilhas com as mesmas cores do dado e providencie um brinquedo em forma de passarinho. Coloque o tabuleiro sobre uma mesa e espalhe as frutinhas pelos galhos. O passarinho deve ficar solto. Em volta do tabuleiro, espalhe as cestinhas coloridas. Jogo para quatro crianças. Uma criança por vez lança o dado, retira da árvore a fruta da mesma cor indicada pelo dado e coloca-a na cestinha, também da mesma tonalidade. Se o dado cair com a face que traz o passarinho, é ele quem fica com a fruta. O objetivo é colher todas antes que o passarinho as coma.

TEATRO DE BONECOS
IDADE> A partir de 1 ano e meio.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou biblioteca.
MATERIAL> Fantoches ou dedoches.
OBJETIVO> Conhecer a rotina da escola enquanto conversa com os personagens.
Sente-se com as crianças no chão e faça os bonecos “conversarem” com cada uma. Você pode fazer perguntas como:
- Quem trouxe você para a escola hoje?
- Você tem amigos? Quem são?
- Você já brincou no parque?
- Você já tomou lanche?
MAMÃE TEM CARTINHA PRA VOCÊ
IDADE> A partir de 2 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Canetas hidrográficas, papel e envelopes.
OBJETIVOS> Tranqüilizar- se quanto aos sentimentos de adaptação (exemplo: tristeza) e compartilhar com os pais as atividades escolares.
Distribua uma folha de papel e canetas hidrográficas para cada criança e peça que faça uma cartinha aos pais. Quando todas terminarem os desenhos, chame uma por uma e pergunte a quem a mensagem é endereçada e o que ela deseja comunicar. Escreva o que a criança disser na mesma folha usada por ela. É importante perguntar se ela quer entregar a carta à pessoa apontada. Em caso positivo, coloque-a em um envelope e oriente a criança a entregá-la ao chegar em casa. Caso contrário,guarde o desenho com as demais atividades
CUIDADO COM A BONECA
IDADE> De 1 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Bonecas, roupinhas de boneca, retalhos de tecido, mamadeiras e chupetas.
OBJETIVOS> Jogo simbólico; tocar o colega; e ter um bom relacionamento com o grupo.
Esta brincadeira é para meninos e meninas, pois tem o objetivo de desenvolver o relacionamento interpessoal, promovendo atitudes de cuidado e carinho com o outro –necessidades que são comuns a todos, independentemente do sexo. Isso vai se dar no faz-de-conta, momento que a criança aprende sobre as interações sociais. Por isso, é importante ter seu espaço garantido e valorizado na rotina. Proponha que cada um pegue uma boneca e cuide dela como se fosse sua filha. Os pequenos devem dar banho, trocar fralda e fazer carinho.
CHUVINHA DE PAPEL
IDADE> De 8 meses a 3 anos.
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Revistas e jornais velhos.
OBJETIVOS> Relaxar de forma ativa (e não apenas em posição de repouso) e interagir de maneira lúdica com o educador e os colegas.
Sente-se com a turma no chão, em torno de uma pilha de revistas e jornais velhos. Deixe que todos manipulem e rasguem as páginas livremente. Junte os papéis picados num monte e jogue tudo para o alto. Vai ser uma festa! Depois, o papel picado pode ser aproveitado em colagens ou modelagem de bonecos.

PAPAI VEIO BRINCAR
IDADE> De 3 meses a 1 ano.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala ampla.
MATERIAL> Aparelho de som, CDs ou fitas cassete com músicas infantis, bolas, fantoches e panos coloridos.
OBJETIVO> Interagir ludicamente com os pais por meio da brincadeira.
PREPARAÇÃO> Decore o ambiente com os panos.
Coloque uma música e peça para o pai ou a mãe se sentar no chão com o filho. Você pode conduzir as brincadeiras, como rolar uma bola para a criança ou brincar com um fantoche, apresentando possibilidades de interação. Os pais se inspiram em você ou criam brincadeiras.

JOGO DAS EXPRESSÕES
IDADE> De 2 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina, pincéis atômicos ou tinta.
OBJETIVOS> Nomear os sentimentos e conversar sobre suas possíveis causas.
PREPARAÇÃO> Desenhe na cartolina várias carinhas com expressões faciais que demonstrem sentimentos de tristeza, alegria, raiva, medo, susto etc. Deixe algumas em branco para nomear um sentimento que apareça no decorrer da brincadeira.
Convide a criança a apontar a que mais revela a maneira como ela se sente naquele momento e a explicar os motivos daquela sensação. Ela pode, por exemplo, estar com raiva do colega porque tirou um brinquedo da sua mão.
CAMINHADA SOLIDÁRIA
IDADE> De 1 ano e meio a 3 anos.
TEMPO> De 5 a 10 minutos.
ESPAÇO> Áreas livres ou outros espaços.
OBJETIVOS> Desenvolver a idéia de grupo e a tolerância.
Esta proposta pode ser aplicada sempre que as crianças tiverem de andar juntas, como da sala para o pátio. Quem quiser correr tem de se controlar. Quem for mais lento precisa se apressar. Se houver alguém com dificuldade de locomoção, o grupo todo terá de esperá-lo.
PINTAR E DESPINTAR
IDADE> De 1 a 2 anos.
TEMPO> De 10 a 15 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Um vidro grosso (janela, porta de vidro ou outra superfície transparente, desde que bem fixa, para garantir segurança), tinta guache, rolinho, pincel, esponja ou as mãos.
OBJETIVOS> Explorar e reconhecer o corpo como produtor de marcas; perceber e reconhecer as características do vidro (transparência, dureza e frieza); e observar e perceber as transformações, movimentos, formas e cores por meio da luz que atravessa o vidro.
Antes de começar a pintura, estimule as crianças a observar a superfície e suas características (lisa, fria, transparente. ..). Brinque de fazer caretas do outro lado do vidro, de pôr a mão atrás dele para a criança tentar pegar e de amassar o rosto contra ele. Depois, as crianças podem espalhar a tinta e observar que onde está pintado não há mais transparência. Proponha que elas pintem com o dedo e observem que a transparência volta por onde o dedo passa. Forme uma roda de conversa para retomar as experiências vividas no processo.
MARCA REGISTRADA
IDADE> De 1 a 2 anos.
TEMPO> De 5 a 10 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina ou outro tipo de papel e sagu no sabor morango ou uva.
OBJETIVOS> Explorar os materiais (sagu e papel); perceber a marca pessoal; construir a auto-imagem; ordenar formas; e relacionar sensações corporais e registro gráfico.
Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas. Dê liberdade de movimentos aos pequenos, mesmo que não façam carimbos, mas pinturas livres (foto na pág. ao lado). Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, que pode ser feita com as crianças que já andam. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.

RASGUE E COLE
IDADE> De 7 meses a 3 anos.
TEMPO> De 10 a 20 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Papel Kraft grande, cola de farinha, revistas e papéis variados (forminha de brigadeiro, embalagem de bala de coco, figurinhas etc.).
OBJETIVO> Perceber diferentes formas, cores e estruturas tridimensionais.
PREPARAÇÃO> Faça a cola: misture em uma panela 1 litro de água, 3 colheres de sopa de farinha de trigo e 1 colher de vinagre. Mexa até engrossar e deixe esfriar. Dê às crianças diversas revistas para recortarem sem tesoura.
Coloque sobre a mesa uma folha de papel Kraft já pincelada com cola de farinha em toda a área.Deixe à disposição das crianças os vários tipos de papel e recortes de revistas para que elas colem no papel Kraft. Vale sobrepor imagens. Ao final, pode-se fazer um painel coletivo e expor o trabalho.
UM PINCEL MUITOS PAPÉIS
IDADE> De 2 a 3 anos..
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Lápis de cor, giz de cera grande ou pincel grosso e vários tipos de suporte, como papel espelho, cartolina, papel cartão de cores diferentes, papel enrugado, papéis com recortes inusitados (com um furo no meio, por exemplo) ou, ainda, madeira, argila etc.
OBJETIVOS> Experimentar diferentes suportes gráficos; explorar várias possibilidades de registro gráfico; perceber diversas formas de expressão; e desenvolver habilidades motoras (dependendo do material, o ato de desenhar exige mais ou menos força, delicadeza para não rasgar etc.). Com um mesmo pincel, lápis de cor ou giz de cera, as crianças desenham sobre papéis de diferentes cores, formas, tamanhos e texturas (e até sobre outros tipos de materiais, como a madeira). Elas vão perceber diferentes efeitos ou tonalidades de um lápis, por exemplo, quando usado sobre superfícies diversas.
TODO MUNDO NA JANELINHA
IDADE> De 9 meses a 2 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Cartolina, caneta hidrocor, cola e uma foto de cada criança.
OBJETIVO> Favorecer o reconhecimento da própria imagem e da dos colegas.
PREPARAÇÃO> Em uma cartolina, desenhe um trenzinho com o número de vagões correspondente à quantidade de crianças. Pendure o cartaz na parede da sala antes de elas chegarem. No dia da brincadeira, peça aos pais que mandem uma foto do filho ou da filha.
Peça aos pequenos que sentem em roda e coloquem a foto no meio do círculo. Aconchegue os bebês no grupo e converse com todos. Comente uma foto por vez. Mostre a imagem e diga: “Olha a Aninha!”, “Onde você estava?”, “Na praia, não é?”, “O seu biquíni era azul?”, “Quem já foi à praia?” Chame as crianças pelo nome, pois é muito comum na Educação Infantil o uso de apelidos. Depois dos comentários, cole as fotos nos vagões e deixe elas apreciarem. Inclua uma foto sua também. O trenzinho fica na classe até as férias. Você vai perceber que, sempre que possível, as crianças vão chamar as pessoas que se aproximam da sala para ver as fotos.
PRODUZIDOS PARA O BAILE
IDADE> A partir de 2 anos.
TEMPO> 40 minutos.
ESPAÇO> Sala ampla.
MATERIAL> Espelho de corpo inteiro, aparelho de som, tecidos, fantasias e maquiagem (testada dermatologicamente, antialérgica e sem álcool).
OBJETIVO> Favorecer a construção da identidade com o uso do espelho.
Leve as crianças para uma sala que tenha um ou vários espelhos grandes para que todas consigam se ver ao mesmo tempo. Deixe as fantasias e os tecidos à disposição delas. Comece a atividade avisando que vai haver um grande baile e, por isso, elas precisam colocar uma roupa especial e se maquiar. Faça você a pintura no rosto das crianças ou peça ajuda a outro educador. Quando a turma estiver pronta, coloque músicas animadas e comece o baile. Depois que as crianças dançarem livremente, conduza a atividade sugerindo que façam caretas em frente do espelho, dobrem os joelhos, levantem os braços, expressem tristeza,balancem a cabeça e movimentem os tecidos que seguram. Sugestão: maquie-se e fantasie-se você também para curtir junto.

CADÊ MINHA FOTO
IDADE> A partir de 1 ano e meio.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Todos os espaços da escola e o tanque de areia.
MATERIAL> Fotos das crianças, cola e plástico adesivo.
OBJETIVO> Reconhecer a própria imagem e a dos colegas.
PREPARAÇÃO> Encape as fotos com o plástico adesivo para que não estraguem. Elas devem ser as que estavam no trenzinho, descrito na atividade Todo Mundo na Janelinha. Esconda-as no tanque de areia.
Quando as crianças entrarem na sala, comente: “Onde estão as fotos do painel? Sumiram! Alguém viu? Não? Vamos procurar?
Devem estar em algum lugar na escola...” Indique alguns espaços para elas procurarem as imagens, deixando o tanque de areia por último. Se a foto encontrada não for a da própria criança, peça que ela a entregue ao dono. Quando todos estiverem com as próprias fotos, podem voltar para a sala e colá-las novamente no painel.
CADA UM É DO SEU JEITO
IDADE> 3 anos.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Papel Kraft, tesoura, canetas hidrocor e fita adesiva.
OBJETIVOS> Construir a imagem do próprio corpo e trabalhar a auto-estima.
Cada criança deita sobre uma folha de papel para que você possa desenhar a silhueta dela. Recorte o contorno, escreva o nome da criança e entregue a ela para completar o desenho com olhos, mãos, joelhos etc. Nesse momento, incentive a criança a observar o próprio corpo. Não espere nada figurativo. Quando todos concluírem o trabalho, cole as silhuetas lado a lado na parede e estimule a observação: “Olha! A Iara é mais alta que o Pedro”. Converse bastante sobre as particularidades de cada uma. Esse diálogo contribui para a construção da auto-imagem e da auto-estima, pois a criança interioriza o afeto que você e os colegas têm por ela, expresso na conversa.

CAIXA DE SURPRESA
IDADE> A partir de 2 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Caixas de sapatos e espelhos pequenos protegidos por uma moldura resistente. Se não houver espelhos na escola, peça aos pais para providenciarem.
OBJETIVO> Brincar com a própria imagem.
PREPARAÇÃO> Peça aos pais que enviem uma caixa de sapatos enfeitada de casa. Antes de a atividade começar, cole o espelho no fundo de cada caixa.
Reúna as crianças em círculo e entregue a cada uma sua caixa. Primeiro, peça a elas que apenas segurem. Comente as diferenças entre elas. Fale das cores, dos desenhos, se têm brilho... E avise: “Sempre que vocês abrirem a caixa encontrarão uma surpresa”. A primeira “surpresa” será a criança se ver dentro da caixa, refletida no espelho. Mantenha o espelho na caixa e, a partir da segunda vez, cada uma deve ter algo diferente, como maquiagem, escova de cabelo, sachês ou outros objetos que façam parte do acervo da creche.
QUEM ESTÁ AQUI
IDADE> De 2 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala com pouca luz.
MATERIAL> Lanternas pequenas.
OBJETIVOS> Descobrir o que há no espaço e olhar os colegas de outra maneira.
Entregue uma lanterna pequena e acesa para cada criança. Depois, leve-as a um espaço com luminosidade reduzida e sem móveis, para que não se machuquem. Ao chegar ao local, deixe que andem livremente pela sala,incentivando- as a explorar o ambiente. Uma idéia é procurar os colegas. Elas podem também iluminar partes do corpo do outro e tentar descobrir quem é.
HOJE É DIA DE NOVIDADE
IDADE> A partir de 4 meses.
TEMPO> Uma hora.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Caixa, objetos com diversas formas, texturas e tamanhos (caixinhas encapadas com papel ou tecido contendo areia, pedrinhas ou grãos variados), bexigas com um pouco de água dentro, pedaços de conduíte, rolos de papel-toalha pintados ou encapados, luvas cirúrgicas com talco, argolas, potes de filme fotográfico com miçangas, garrafas PET pequenas com pedaços de papel colorido, espelhinhos, chocalhos, tampas de vasilhas e sachês.
Obs.: as caixas ou outros objetos que contêm miudezas devem estar bem vedadas, para que o conteúdo não escape..
OBJETIVOS> Conhecer os objetos e formas de interagir.
PREPARAÇÃO> Espalhe almofadas pelo chão para a sala ficar aconchegante e coloque as crianças sentadas sobre elas. Os bebês também podem entrar na roda, acomodados em assentos próprios.
(Inicie a brincadeira dizendo à turma que você trouxe uma caixa cheia de surpresas. Abra-a e tire de dentro dela um objeto por vez, mostrando as várias possibilidades de manuseio, as cores e os desenhos. Essa mediação é fundamental para despertar o interesse da garotada: é observando e imitando sua ação que a criança vai ampliar o repertório de movimentos e criar variações. Quando isso acontecer, chame a atenção das demais para o novo jeito de brincar. Assim você continua estimulando a imitação. Explore ao máximo cada peça, sacudindo, jogando, empilhando, torcendo ou colocando próximo ao ouvido. Só depois entregue-a às crianças. Distribua todo o conteúdo da caixa e permita que elas troquem as peças entre si. Os bebês interagem pelo olhar, mas também podem brincar. Se eles ainda não conseguirem segurar os objetos, ajude-os. Essa atividade pode ser repetida várias vezes na semana, com os mesmos objetos ou outros novos que você trouxer. Guarde-os sempre limpos.)
CANTINHO DE LEITURA
IDADE> A partir de 9 meses..
TEMPO> De 10 a 15 minutos por dia.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Tapete ou colchão, almofadas ou sofá em miniatura, bonecos de pano e fantoches de personagens familiares às crianças e vários livros.
OBJETIVOS> Interessar-se por histórias e explorar os livros.
A experiência de manusear livros desde os primeiros meses de vida colabora com o aprendizado da leitura.
Escutar histórias com regularidade também favorece a formação de melhores leitores e apreciadores do universo literário. Organize em sua sala um espaço de leitura que as crianças possam freqüentar e explorar, entrando em contato diariamente com livros, álbuns de imagens, fantoches e bonecos de pano. Vale lembrar que esse espaço deve ser confortável, acolhedor e atrativo. Assim, as crianças se envolvem por um tempo maior com suas atividades. Os livros e demais materiais expostos precisam ser resistentes. Se acontecer de algum ser rasgado ou amassado, conserte e ponha em uso novamente. Leia livros para o grupo. Por causa da idade, as crianças não ficarão sentadas em roda, como as mais velhas. O interesse de uma criança pequena por uma história lida pode ser percebido por reações de alegria ou tentativas de encenar a história. Observe esses sinais e incentive as crianças que os emitiram. Ao escolher as histórias para ler ou contar, opte por livros com ilustrações de qualidade. Não se preocupe com variedade, porque as crianças pequenas gostam de ouvir várias vezes a mesma história. Antes ou depois da leitura, lembre de dar um tempo para as crianças manusearem livremente os livros..
ARTE COM MINGAU
IDADE> De 8 meses a 1 ano e meio.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Maisena, corante alimentar e água.
OBJETIVO> Interagir com o espaço.
PREPARAÇÃO> Em uma panela, dissolva uma colher de sopa de maisena para cada copo de água. A quantidade é de acordo com o número de crianças ou o tamanho do espaço onde a atividade será realizada. Coloque pitadas de corante até a mistura ficar com a cor que você deseja. Leve-a ao fogo e mexa até que se transforme em um mingau. Deixe esfriar. Avise os pais para mandarem roupas velhas no dia da brincadeira. Espalhe a mistura no chão da sala onde as crianças vão brincar. Deixe-as andar, engatinhar e rolar sobre o mingau, interagindo com o espaço. Atenção para que todos se divirtam e ninguém se machuque. Incentive as várias possibilidades de movimento.
CORRIDA DE OBSTÁCULOS
IDADE> Até 3 anos.
TEMPO> De10 a 20 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.
MATERIAL> Colchonetes, tatames ou tapetes de EVA e obstáculos, como bancos, cordas, túneis, rampas etc.
OBJETIVO> Desenvolver a coordenação motora, noções de espaço, lateralidade, equilíbrio, deslocamento, esquema corporal, ritmo e atenção.
PREPARAÇÃO> Organize a sala forrando o chão com os colchonetes. Espalhe pelo ambiente alguns obstáculos.
Proponha às crianças diferentes movimentos: ajude-as a rolar com braços e pernas esticados, para a frente e para trás; sugira que engatinhem por baixo da mesa ou de uma corda amarrada a uma altura baixa, dentro de um túnel, em uma rampa, em diferentes direções e em ziguezague; dê uma força também para elas andarem de frente e de costas em cima de um banco ou sobre materiais diversos, devagar e rápido, com passos de formiguinha e de gigante; incentive-as a trabalhar o impulso com pulos, saltos para a frente e para trás, livres ou sobre obstáculos.
CABANINHA TRANSPARENTE
IDADE> Até 3 anos.
TEMPO> De 30 a 50 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades ou parque.
MATERIAL> Tule com metragem suficiente para que as paredes da cabana cheguem até o chão ou várias tiras coloridas e compridas de papel celofane, bambolê, cola, tesoura, barbante, fita dupla face ou crepe e pequenos ganchos de metal no teto.
OBJETIVOS> Interagir com outras crianças e adultos; pesquisar diferentes sons e efeitos visuais com o uso de transparências, cores e texturas; ter controle motor e limites corporais em espaço pequeno; e se movimentar e se adequar a um espaço que muda de forma quando manipulado.
PREPARAÇÃO> Prenda pedaços grandes de tule ou tiras compridas de papel celofane em árvores, brinquedos de parque etc. Eles devem ir até o chão. Na sala, o tule ou celofane pode ser preso a pequenos ganchos no teto, com uma abertura central. Outra opção é amarrar tiras num bambolê, formando um círculo de caimento vertical com diversas aberturas por toda a circunferência. O tule é transparente e tem elasticidade e leveza, facilitando a manipulação das crianças sem a ajuda do adulto. Já o papel celofane produz um efeito visual de transformação das cores do ambiente e diferentes sons ao ser manipulado. As crianças podem brincar livremente de esconder e aparecer, vendo o mundo de diferentes cores.
ESTA É LEVE, ESTA É PESADA
IDADE> De 7 meses a 3 anos.
TEMPO> De 15 minutos a uma hora.
ESPAÇO> Sala ampla, pátio com solo liso ou gramado.
MATERIAL> Várias caixas de papelão resistente de diferentes tamanhos, jornais, revistas, cola, tesoura, fita adesiva larga, fita crepe e plástico adesivo.
OBJETIVOS> Desenvolver a autonomia; pesquisar habilidades corporais; relacionar o corpo com o peso e o volume dos objetos; e desenvolver aspectos sociais, afetivos e cognitivos.
PREPARAÇÃO> Deixe algumas caixas vazias e encha outras com jornais. Feche todas muito bem e decore-as com recortes de revistas ou fotos de bichos, brinquedos, objetos, meios de transporte, famílias, pessoas, situações de brincadeiras, de convívio social etc. A decoração deve ser feita de forma livre por você. Em alguns momentos, as imagens vão enriquecer suas aulas, quando o tema for bichos ou transportes, por exemplo. Encape as caixas com plástico adesivo para o material durar mais e para facilitar a limpeza. Espalhe as caixas vazias e estimule as crianças a realizar diferentes atividades com elas, como carregar, empurrar, virar, rolar, empilhar etc. Com as mais pesadas, elas vão explorar outros movimentos: debruçar, subir, pular, equilibrar, saltar e virar.
COMO NA PRAIA
IDADE> De 1 a 3 anos.
TEMPO> De 15 a 30 minutos.
ESPAÇO> Tanque ou chão de areia.
MATERIAL> Roupas confortáveis, fôrmas de vários tamanhos e desenhos, baldinhos, pás, colheres, água e um aparelho de som..
OBJETIVOS> Estimular a coordenação motora e o equilíbrio; oferecer estímulos sensoriais; e desenvolver a autonomia e a socialização.
Permita que as crianças mexam com a areia livremente, apenas evitando que levem as mãos sujas à boca ou joguem areia nos olhos dos colegas. Ao mesmo tempo, estimule-as a perceber a textura da areia e as diferenças de toque quando ela está molhada ou seca. Isso possibilita novas experiências sensoriais. Questione se é mais fácil moldar quando ela está molhada ou seca. As crianças fazem desenhos e modelam a areia usando fôrmas e baldinhos, individualmente ou com a ajuda do colega. Elas podem também caminhar sobre a areia, experimentando como fica o equilíbrio numa superfície fofa. Outra opção é imprimir o formato das mãos ou dos pés, reconhecendo o próprio corpo (observando formas e tamanhos) na marca deixada. Depois, elas comparam as pegadas com os próprios pés. Enquanto a criançada anda no tanque, experimente colocar para tocar algumas músicas que falem sobre os pés.
A NATUREZA FALA
IDADE> De 2 a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Desenhos, recortes ou vídeos mostrando animais e cenas da natureza.
OBJETIVOS> Brincar com a voz e trabalhar as possibilidades de sons que podemos emitir; estimular a criatividade e a imaginação; e aumentar o repertório.
Com base nas imagens, faça perguntas como: “Que som faz esse animal?”, “Como é o barulho do trovão?” ou “Como esse pássaro canta?” e deixe as crianças brincarem livremente.
BRINCOS DE PARALENDAS
IDADE> De 6 meses a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.
MATERIAL> Letras de músicas, brincos e parlendas.
OBJETIVO> Se divertir com a música.
Parlendas são brincadeiras com rima e sem música. Brincos são geralmente cantados e envolvem movimentos corporais, como cavalinho ou balanço.
Exemplo de brinco: Serra, Serra, Serrador (Sente a criança em suas pernas, de frente para você e fique de mãos dadas com ela, fazendo movimentos de balanceio para a frente e para trás.) Serra, serra, serrador/ Serra o papo do vovô / O vovô está cansado / Deixa a serra descansar
Exemplo de parlenda Lá em Cima do Piano (Pode ser usado para escolher quem vai começar uma brincadeira. )
Lá em cima do piano / Tem um copo de veneno / Quem bebeu morreu / O azar foi seu

QUE SOM É ESSE?
IDADE> De 6 meses a 2 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Objetos que emitam sons – chocalhos, sinos, matracas –, instrumentos musicais e brinquedos próprios para a idade.
OBJETIVO> Descobrir e produzir diferentes sons.
O bebê é estimulado a descobrir os sons que um objeto emite. Espalhe diversos brinquedos por perto da criança e estimule-a a descobrir cada som movimentando o objeto: tocando, apertando, chocando-o com outro (foto na pág. ao lado).
É importante estimular a pesquisa de possibilidades para produzir sons em vez de ensinar um único modo de tocar um instrumento, por exemplo.
NOSSO REPERTÓRIO
IDADE> De 6 meses a 3 anos.
TEMPO> 30 minutos.
ESPAÇO> Sala de atividades.
MATERIAL> Aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.
OBJETIVO> Estimular o contato com a música e aprender a ouvi-la.
A música deixa de ser trilha sonora ou pano de fundo de outras atividades e passa a ser o foco. Além de estimular o ouvir, mostre à criança como acompanhar o som – batendo palmas, por exemplo, ou até mesmo cantando. É importante que ela tenha contato com um repertório musical variado – de música clássica a ritmos regionais brasileiros. Se você souber, toque um instrumento musical e cante, estimulando a criança a prestar atenção aos sons.

domingo, 7 de março de 2010



SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O BERÇÁRIO

As atividades planejadas para os alunos do berçário deverão respeitar as diferentes capacidades e interações de cada faixa etária, envolvendo movimentos corporais possíveis de serem realizadas pelas crianças sozinhas ou auxiliadas por um adulto.


"Quanto menor for a criança, maior é a responsabilidade do adulto de lhe proporcionar experiências posturais e motoras variadas. Para isso ele deve modificar as posições das crianças quando sentadas ou deitadas; observar os bebês para descobrir em que posições ficam mais ou menos confortáveis; tocar, acalentar e massagear frequentemente os bebês para que eles possam perceber partes do corpo que não alcançam sozinhos.

O professor pode organizar o ambiente com materiais que propiciem a descoberta e exploração do movimento. Materiais que rolem pelo chão, como cilindros e bolas de diversos tamanhos, sugerem às crianças que se arrastem, engatinhem ou caminhem atrás deles ou ainda que rolem sobre eles. As bolas podem ser chutadas, lançadas, quicadas, etc. Túneis de pano sugerem as crianças que se abaixem e utilizem a força dos músculos dos braços e das pernas para percorrer seu interior. Móbiles e outros penduricalhos sugerem que as crianças exercitem a posição ereta, nas tentativas de erguer–se para tocá-los. Almofadas organizadas num ambiente com livros ou gibis e brinquedos convidam as crianças a sentarem ou deitarem, concentradas nas suas atividades".

Desde muito cedo, os bebês emitem sons, barulhinhos que lhes dão prazer e nestes sons, eles percebem que chamam a atenção, comunicando-se com os adultos. Esta comunicação dá início a construção da linguagem oral.

Nesse processo, as crianças se apropriam dessa linguagem utilizando-a para iniciar e aumentar seu repertório de palavras.

Além da linguagem falada, as crianças se utilizam da linguagem corporal que dão significado aos atos, sentimentos, sensações e desejos. Assim, ela chora ao estar com a fralda molhada, quando sente dor, quando percebe que está sozinha, quando sente fome, frio, calor, etc.

Aprender a falar, dessa forma, não é apenas memorizar sons e palavras, é participar, interagir de variadas situações de comunicação oral em que se expressa desejos, necessidades, sentimentos, etc.

Assim, refletir sobre estas questões é reconhecer que fazemos parte do início do processo de desenvolvimento educacional da criança.

Nesse sentido, somos constantemente observados por ela, por isso, devemos sempre estar atentos, ter o cuidado com a qualidade de nossas interações comunicativas com as crianças, pois estas nos imitam o tempo todo.

Ao trabalhar com crianças de berçário, o ato de planejar deve ser cuidadoso, pois nesta fase, a intervenção do professor como já dito, ocorre a todo momento, e em situações diversas. Assim, músicas, histórias, brincadeiras, etc, são comunicações execenciais que irão auxiliar na construção gradativa de um repertório vasto da linguagem que se vai usar em situações que irá envolver no futuro a leitura e a escrita.

Nesse contexto, o planejamento estará sempre em primeiro plano para o professor, pois este deverá planejar atividades que favoreçam à criança viver experiências ricas e de seu interesse, e que possam atuar com autonomia e liberdade de expressão, interagindo com os colegas de forma cooperativa e solidária.
Rodinha

Músicas de bom dia, sol, janelinha, chamadinha de nomes, etc (a rodinha deve ser feita todos os dias).

Atividades

"Corridas" de obstáculos (invente, utilize almofadas, lençóis, colchonetes, etc,.
Jogos com bolas (role ou jogue a bola até a criança para que ela pegue ou a jogue de volta).
Histórias (todos os dias). Deve-se colocar o nome da história no planejamento.
Músicas (ao utilizar a música, também deve-se colocar o nome no planejamento).
Identidade (mostrar a criança seu reflexo no espelho, fazer caretas, sorrir, abrir a boca, etc).
Esconde-esconde (utilizar lençóis, fraldas, toalhinhas, etc, para esconder e mostrar o rosto para a criança).
Danças (dançar com música de CD ou DVD).
Brincar com móbile (fazer com que a criança ouça, veja e toque um brinquedo do móbile).
Massagem (tocar massageando com cuidado partes do corpo da criança como os pés, cabeça, barriga, testa, etc).
Brinquedo com som (puxar corda de brinquedo que emite som e fazer com que a criança tente refazer esse movimento).
Brinquedos que imitam os sons de animais.
Brincar de rolar, bater palmas, sentar, levantar, arrastar, engatinhar, etc).
Fazer barulhinhos com a boca.
Brincar de serra-serra.
Brincar de imitar (colocar a mão na cabeça, olhos, boca, etc).
Brincar de dedo mindinho, seu vizinho, upa, upa-cavalinho, palminhas de guiné.
Tocar instrumentos musicais para que as crianças percebam os sons e os repitam com outros sons, movimentos corporais,…
Manipular materiais de várias texturas como áspero e liso.
Caixinha mágica (caixa decorada com papel colorido pode ser de sapato, com um buraco no meio. Dentro da caixa colocar vários objetos como bola, chupeta, chocalho, etc. A criança deve colocar a mão dentro e pegar um dos objetos).
Confecção de chocalhos de material reciclável.

MÚSICAS, PARLENDAS, ETC.

Cai, cai, balão.
Eu conheço um jacaré.
Serra, serra, serrador.
Palminhas da Guiné.
Upa, upa, cavalinho.
Boi da cara preta.
Samba Lelê.
Uma minhoquinha faz ginastiquinha.
Cadê o bolinho que estava aqui?…
Cabeça, ombro, joelho e pé.
Põe os braços pra frente, põe os braços pra trás (Xuxa), etc.
Jacaré está na lagoa.
Palminhas nós vamos bater.

quinta-feira, 4 de março de 2010


Planos de aula
Educação Infantil
Formação social e pessoal Identidade e Autonomia Identidade e Autonomia
Seqüência Didática
Eu, nós e todo mundo na escola

Introdução
A construção da identidade se dá por meio das interações da criança com o seu meio social. A escola de Educação Infantil é um universo social diferente do da família, favorecendo novas interações, ampliando desta maneira seus conhecimentos a respeito de si e dos outros. A auto-imagem também é construída a partir das relações estabelecidas nos grupos em que a criança convive. Um ambiente farto em interações, que acolha as particularidades de cada indivíduo, promova o reconhecimento das diversidades, aceitando-as e respeitando-as, ao mesmo tempo que contribui para a construção da unidade coletiva, favorece a estruturação da identidade, bem como de uma auto imagem positiva.


Tendo em vista estes propósitos, a utilização de fotos pode ser amplamente aproveitada pelo professor de educação infantil. Este recurso visual promove situações de interação, reconhecimento e construção da auto-imagem, favorece as trocas e a percepção do outro e, das igualdades e diferenças, e consequentemente, de si.

Objetivos
- Interagir e relacionar-se por meio de fotos.
- Perceber-se a si e ao outro, as igualdades e diferenças, mediante as interações estabelecidas.
-Sentir-se valorizado e reconhecido enquanto indivíduo.
-Enxergar-se a si próprio como parte de um grupo, de uma unidade complexa.

Ano
0 a 3 anos

Tempo estimado
Um a dois meses.
Esta seqüência didática foi traçada considerando as necessidades das crianças de se reconhecerem no grupo no início do ano letivo. Desta forma, foram pensadas atividades numa sequência, que pode ser alterada conforme as necessidades e interesses de cada grupo. Depois desta sequênica inicial é interessante que algumas atividades ocorram diariamente no decorrer do ano, como a elaboração da rotina e a elaboração do quadro de presença.

Material necessário
- Fotos das crianças sozinhas, com seus familiares, com seu brinquedo preferido, e outras, realizando atividades que gosta sozinhas e junto de seus colegas na escola.
- Caixinhas de sapato infantil para servir de caixinhas surpresa. Podem ser pintadas, ou forradas.
- Papel craft para fazer cartazes de pregas.
- Papel cartão colorido e cola para confeccionar os cartazes com janelinhas.
- Fita adesiva.

Desenvolvimento das atividades

Sequência 1 : eu, eu e eu
1. Numa roda, distribuir caixinhas supresa para as crianças com suas respectivas fotos dentro, de forma que abram e encontrem a sua imagem.
2. Distribuir as fotos e ajudar as crianças a cola-las sobre os cabides, onde ficam penduradas suas sacolas. Deixar as fotos sempre no mesmo lugar para que as crianças saibam o lugar destinado a ela guardar seus pertences. (Pode-se também fazer um mural de bolsos e, com ajuda das crianças, colar suas fotos, uma em cada bolso).
3. Fazer um cartaz de pregas representando a escola e outro representando a casa. Disponibilizar as fotos das crianças numa caixa que fique disponível a elas no início do dia. Deixe que olhem as fotos, encontrem as suas próprias e ensine-as a colocar no cartaz referente à escola.
4. Numa roda, sortear uma foto por vez para que o grupo identifique quem éIncentivar as crianças a nomear e a relacionar foto e colega. . Também podem cantar alguma canção simples, que diga os nomes das crianças neste momento, como Bom dia Mariana, com vai? Bom dia Mariana, como vai? Bom dia, Mariana, bom dia Mariana, bom dia, Mariana, como vai?. Cada um leva a sua foto ao cartaz da escola.
5. Espalhar fotos pelo espaço e brincar com as crianças de encontrar. Pode cantar uma canção simples como: Cadê o Léo, cadê o Léo, o Léo onde é que está? Cada um leva a sua foto ao cartaz da escola.
6. Fazer um cartaz com xerox repetidos e misturados das fotos de todas as crianças. Brincar com as crianças de cada uma encontrar as suas próprias fotos entre as demais.

Sequência 2: eu, tu, eles
1. Preparar um pequeno cartaz com janelinhas que abrem e fecham, uma sobre a outra, para cada criança (uma coluna, com espaço para quatro ou cinco fotos). Na janelinha de cima, colocar a foto da criança e fechar, de forma que a foto fiue escondida. Sugerir às crianças que abram as janelinhas e encontrem qual é o seu cartaz.
2. Nas caixinhas surpresas colocar as fotos das crianças com seus familiares. Distribui-las entre as crianças aleatoriamente. Deixar que abram e sugerir que descubram de quem é a foto que encontraram. Cada um entrega a foto que encontrou para o seu dono. O dono da foto cola-a, com ajuda do professor, no seu cartaz de janelinhas.
3. Em roda, cada criança mostra a foto do seu brinquedo preferido para o grupo e, com ajuda do professor, conta o que é e como brinca com ele. Depois, colam na janelinha seguinte de seu cartaz.
4. Repetir a atividade acima quantas vezes quiser, acrescentando fotos de outras coisas significativas do universo familiar de cada criança (foto do quarto, do animal de estimação etc.)

Sequência 3: nós e todo mundo
1. Com os cartazes, montar um biombo para sala, ou um grande mural, ao qual as crianças terão acesso livre para verificar as fotos de suas janelinhas e as de seus colegas.
2. Tirar fotos das crianças na escola, em suas atividades cotidianas, em pequenos ou em grandes grupos. Montar um móbile na altura das crianças para enfeitar um canto da sala.
3. Entre algumas fotos tiradas na escola, selecionar as mais ilustrativas das atividades que acontecem diariamente para confeccionar um quadro de rotina do grupo.
4. Todos os dias montar a rotina, sequenciando as atividades representadas pelas fotos, com ajuda das crianças.

MUITO INTERESSANTE

MATEMÁTICA



O trabalho no âmbito da matemática, na idade pré-escolar, ajuda a criança a compreender, a ordenar a realidade (as características e as propriedades dos objetos) e também a compreender as relações que se estabelecem entre os objetos (semelhança, diferença, correspondência, inclusão, etc.).

Os conteúdos relativos à linguagem matemática que serão desenvolvidos na Educação Infantil são:

· A análise das propriedades dos objetos e das relações quepodemos estabelecer.

· Ao ordenar, classificar e comparar os objetos, as crianças. aprendem conceitos, semelhanças e diferenças e começam a conceitualizar as formas, as cores, as propriedades dos objetos.

· O início da quantificação

- Conhecimento dos quantificadores .

- Conhecimento da série numérica

· A resolução de situações-problema.

· A medida do espaço (longe, perto, aqui, ali) e a medida do

tempo (ontem, hoje, antes, depois, etc.).

· A representação do espaço.

Nesta idade as crianças já começam a identificar as formas geométricas e a identificá-Ias no espaço imediato.



ARTES



A partir dos dois anos de idade, as crianças estão muito interessadas em atividades que permitam a representação plástica. No início pintam e fazem rabiscos por simples prazer. Aos poucos, dão-se conta que podem representar a realidade de maneira que cada vez possa ser mais reconhecida e os seus desenhos vão se tomando mais fiéis à realidade.

As principais capacidades que se desenvolvem através das

plásticas são:

· Formação de conceitos: a observação e a análise da realidade servem para ampliar os conceitos.

· Habilidade manual.

· Imaginação e fantasia

Para desenvolver essas capacidades partiremos das elaborações próprias das crianças para que possam ir melhorando-as à ampliando-as através da observação da realidade, ajuda e comentários da professora, apreciação de suas próprias obras e de artistas famosos.

Conceitos como “figurativo” e “abstrato” podem ser apresentados à criança desde a educação infantil por intermédio

de imagens, e sua assimilação dar-se-á por aproximações sucessivas. São exemplos de respostas dos alunos que passam pelo momento conceitual, para definir o figurativo e o abstrato, “o tudo direitinho” e o “tudo bagunçado”.

Os procedimentos (“conjunto de ações ordenadas e orientadas para a consecução de uma meta”) são aprendidos quando executados. Os alunos aprenderão procedimentos de pintura, desenho, gravura, modelagem, colagem, etc. O papel do professor será o de garantir oportunidades constantes para tais

exercícios e apoiar o aluno em seus afazeres, levando-o à autonomia progressiva na execução das tarefas.




MOVIMENTO/ EDUCAÇÃO FÍSICA



Nesta fase de desenvolvimento, as crianças têm grande necessidade de explorar o espaço, de exercitar o movimento de seu corpo e de conhecer os objetos que existem à sua volta.

Para isso, haverá um cuidado em relação ao espaço e materiais, evitando possíveis perigos. Serão propostos momentos de jogos espontâneos, brincadeiras livres e também situações em que as professoras conduzirão a atividade, tais como:



Oficinas de Percurso Lúdico Motor: São os movimentos e brincadeiras exploratórias (saltar, correr, arremessar) desenvolvidas pelas próprias crianças que podem ocorrer tanto de forma individual como em pequenos ou grandes grupos. O foco desta proposta está no trabalho com autonomia e escolha, para que o aluno possa desenvolver um percurso lúdico e criador.

Um dos aspectos essenciais deste eixo de trabalho está relacionado ao fato das crianças hoje possuírem poucos momentos para se movimentar e brincar livremente.



Circuitos Motores : São o conjunto ou série de habilidades relacionadas com o deslocamento, o equilíbrio e a manipulação realizadas pelas crianças com diversos materiais, na intenção de repetir um trajeto previamente determinado. É realizado com a colocação de materiais como mesas, bancos, colchões e também com materiais que foram adquiridos especialmente para os circuitos.

No circuito a criança percebe o seu corpo e o movimento com precisão, e mobiliza-os de múltiplas formas no espaço. Quem realiza um circuito se depara com desafios em obstáculos às vezes fáceis ou não, que aos poucos constroem suas habilidades, ao mesmo tempo em que se depara com situações de insegurança, respeito e cooperação com o outro (controlar o medo, esperar a vez sem empurrar, ajudar o outro, etc).



Jogos e Brincadeiras



Os jogos e brincadeiras de movimento são atividades que através de vários gestos (saltos, corridas, lançamentos, equilíbrios, chutes, etc) estimulam o desenvolvimento do corpo e do movimento.

Consideramos esses jogos importantes para a produção do conhecimento, para o desenvolvimento da moralidade, da afetividade, do corpo e do movimento das crianças, além de serem situações desafiadoras e significantes. As professoras estão sempre preocupadas em construir um ambiente sócio-moral e afetivo positivo, não privilegiando a competição, não selecionando e excluindo os participantes nos jogos, não admitindo risos, gozações e humilhações. Haverá também muito cuidado em não propor jogos que ponham em risco a integridade física da criança.





NATUREZA E SOCIEDADE



É importante para a formação integral de nossos alunos que as crianças encontrem na escola desde cedo, um espaço vivo de informações sobre diferentes conteúdos que compõem o universo de conhecimentos construídos pelos homens em sociedade. Dentre eles estão aqueles organizados pelas Ciências Sociais e Ciências Naturais.

Nossas orientações didáticas desses conteúdos consideram aspectos referentes à estrutura de cada disciplina, atentam para as limitações e peculiaridades do desenvolvimento cognitivo do aluno desta faixa etária e preocupam-se com os métodos para transmitir os conhecimentos.

Considerando os resultados das pesquisas piagetianas sobre a formas como se desenvolve o conhecimento e a noção de tempo na criança, antes dos sete anos, a ênfase curricular deve acontecer sobre temas da vida cotidiana, isto não significa, entretanto, que não possam ocorrer temas da história, tratados recortados no tempo.

Nas classes do Infantil, de acordo com essa orientação, trabalharemos com temas da vida cotidiana e com fenômenos históricos tomados em um determinado momento.

Desenvolveremos os projetos:



CIÊNCIAS NATURAIS



“As crianças, desde muito cedo, já desenvolvem idéias sobre o mundo natural que os rodeia. Têm experiências a respeito do que acontece quando deixam cair, empurram, apertam ou arremessam objetos, e assim constroem idéias e expectativas relacionadas com a forma como os objetos são percebidos e como eles se movem. Da mesma maneira, desenvolvem idéias sobre outros aspectos do mundo que as rodeia por meio de experiências, por exemplo, com os animais, as plantas, a água, a luz e as sombras, as estufas e os brinquedos...”

(DRIVER, Rosalind; SQUIRES, Ann; PETER, Wood – Dando

sentido para a ciência: pesquisando as idéias das crianças.

Visor. Madrid, 1999)



Um dos nossos objetivos dentro desta disciplina é que as crianças construam uma idéia ampla do universo científico, que saibam que ele inclui diversos assuntos e também que tenham uma postura investigativa, curiosa frente a eles. Não importa o tema discutido, conquanto que faça as crianças pensarem sobre o objeto Ciências, que amplie seu conceito do que ele abrange e que aumente o número de fatos e fenômenos que a criança possa observar, relacionar, tornando o conhecimento cada vez mais significativo.

Optamos por alguns temas:



MÚSICA



Na Educação Infantil, as crianças começam a vivenciar ritmos, gestos, jogos motrizes através de canções e danças. Os conteúdos são organizados em dois blocos:

a) O Fazer Musical

· Participação em jogos e brincadeiras que envolvam a dança.

· Repertório de canções para desenvolver memória musical.

· Reconhecimento e utilização das variações de velocidade e densidade na organização e realização de algumas, produções musicais.



b) Apreciacão Musical

A apreciação musical refere-se à audição e à interação com

músicas diversas:

· Escrita de obras musicais de diversos gêneros, estilos, épocas e culturas, da produção musical brasileira e de outros povos e países.

· Informações sobre as obras ouvidas e seus compositores.





ENSINO RELIGIOSO



O Ensino Religioso procura proporcionar condições para que o aluno, apoiado e iluminado pelos valores evangélicos do perdão, do amor e do respeito, tome consciência do que dá sentido à vida, tenha uma visão de mundo, de si mesmo e de Deus. Educar o coração (cf. Santa Cabrini), levando em conta a religiosidade e respeitando o pluralismo religioso.

Deste modo, o Ensino Religioso escolar visa à educação plena do aluno, à formação de valores fundamentais através da

busca do transcendente e da descoberta do sentido mais profundo da existência humana.



Ensino Religioso - educação centrada na vida.

Tendo sempre presente uma atitude de respeito e valorização da diversidade cultural e religiosa, as aulas de Ensino Religioso são momentos privilegiados para as informações e orientações sobre os aspectos referentes ao desenvolvimento da espiritualidade humana. De maneira clara e tranqüila, o trabalho é realizado através de histórias bíblicas, especialmente as parábolas, onde as crianças podem participar na dramatização e reflexão, possibilitando melhor compreensão. Além disso, as histórias, contos, vídeos que enfatizam os valores relacionados a convivência, partilha, amor, solidariedade, justiça, são materiais de grande utilização.

Também são organizados momentos para a experiência e convivência mais concreta dos assuntos abordados em sala de aula, tais como: atividades de integração, confraternização e partilha com outras turmas da educação infantil, gestos concretos de solidariedade através de campanhas na Páscoa, dia das crianças e Natal.

O tema da Campanha da Fraternidade: “Levanta-te e vem para o meio”, será um dos assuntos de maior reflexão e envolvimento de toda a escola, objetivando a realização de um mundo mais justo e solidário, onde possamos ser felizes, livres e irmãos.



Projeto: Conviver

A educação de crianças



O sentimento de pertencer a um grupo, de ser uma pessoa importante e querida e a percepção crescente da capacidade de aprender são aspectos fundamentais da formação de nossos pequenos alunos. Nesse sentido, a primeira etapa da vida escolar das crianças na escola visa formar estreitos vínculos com professores e funcionários e com todas as situações de aprendizagem no dia-a-dia.

Em um clima de afeto e confiança, as crianças adquirem segurança em suas própria capacidades expressivas, vivenciando múltiplas oportunidades para o desenvolvimento da criatividade e do prazer pelo conhecimento e a cultura.

O papel dos valores na Educação Infantil e 1º ano



Na Educação Infantil e 1º ano, as crianças compartilham um conjunto de situações regulares em sua forma e freqüência, que envolvem ações estruturantes para o bem-estar das crianças na escola e para a progressiva construção de valores significativos na interação social, como a autonomia e a cooperação.

Nessa primeira etapa, ser autônomo está relacionado à capacidade de assumir pequenas responsabilidades considerando as necessidades pessoais e do outro, dentro de regras e limites valorizados para uma convivência saudável.

Os alunos cuidam dos próprios pertences, dos materiais de uso comum, consideram as colocações do outro colega ou adulto- e reconhecem a potencialidade do diálogo como forma de expor seu ponto de vista e compreender as diferentes situações.

Criar espaços reais de participação das crianças pequenas valoriza a possibilidade que elas têm, ao mesmo tempo em que a insere de verdade na vida da escola. Assim, conhecer os funcionários que mantêm a sala limpa, os que cuidam dos jardins, são situações que fazem parte do trabalho educacional desenvolvido no Colégio.

Além de propor um espaço para brincar e conviver com os outros, a Educação Infantil e 1º ano destacam a interação com os diversos aspectos da cultura como eixo estruturante da aprendizagem nesse segmento escolar.

IDENTIDADE E AUTONOMIA



A construção da identidade e autonomia refere-se ao progressivo conhecimento que as crianças vão adquirindo de si mesmas, a auto-imagem que através deste conhecimento se vai configurando e à capacidade para utilizar recursos pessoais de que disponha a cada momento.

Na Educação Infantil, fomentar a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças pequenas significa ajudá-Ias a progredir na definição da própria identidade, no conhecimento e na valorização de si mesmas.

Procuramos, então, criar um ambiente conhecido e seguro para elas, no qual todas as pessoas são chamadas pelos nomes e pouco a pouco se tornam referências.

Consideramos que as situações educativas que a criança vive na escola e a maneira como as educadoras tratam essas atuações serão muito importantes na formação dos conceitos de si mesmas.

Na escola, quando as crianças aprendem, por exemplo, a ordenar um joguinho, a brincar com carrinhos, estão também aprendendo muitas coisas sobre elas mesmas, que Ihes permitem formar uma opinião sobre si.

Portanto, a construção de uma auto-imagem positiva requer que, na escola, as crianças tenham experiências em situações que Ihes permitam ganhar confiança em suas capacidades e que sejam vistas como crianças com possibilidades. Isso dá segurança, que é um elemento básico para atrever-se a explorar novas situações, novas experiências. É importante observar que não se trata de renunciar à exigência e ao controle, e sim, de endereçá-Ia a um contexto comunicativo, afetuoso e respeitoso.

“Trata-se de combinar as metas com o alento para superá-Ias, a correção com o encorajamento, o reconhecimento dos limites com as possibilidades.”


LINGUAGEM ORAL E ESCRITA



A linguagem verbal é o instrumento básico da comunicação e representação dos seres humanos e é o que nos identifica como tal. Desde a infância até a vida adulta, a linguagem é o verdadeiro motor do pensamento, o que nos permite ativá-Io e organizá-Io.

Na Educação Infantil, o enfoque de trabalho da língua oral deverá ser basicamente procedimental, isto é, a maioria dos conteúdos que as crianças aprendem são procedimentos de utilização da língua, através dos quais aprendem atitudes e conceitos relacionados com a linguagem.

Os trabalhos de iniciação à língua escrita estão relacionados aos aspectos comunicativos da língua: a escrita serve para saber coisas, para divertirmo-nos, para estarmos informados, para aprender, para conhecer a marca de um produto, etc.. Procuraremos apresentar às crianças propostas para que ela utilize a escrita em situações que tenham sentido, vamos falar e dar informações sobre a língua escrita em situações significativas para a

maioria das crianças (livrinhos de Ieitura , receitas, bilhetes, poesias...).

Quando se toma a escrita em sua totalidade, temos, em jogo, o conhecimento sobre as diferentes formas de discurso: as diferentes circunstâncias de uso e os diferentes formatos que podem tomar os textos escritos. Temos ainda, um sistema codificado que permitirá que pessoas possam se comunicar por escrito. No caso de nossa língua trata-se de um sistema alfabético.

Se o tomarmos em separado de seu uso, tratamos o sistema alfabético como um código e se transforma em uma habilidade, uma mera técnica. Se o tomarmos, entretanto, como fundamental para o processo de comunicação na língua escrita e se, entendermos a produção de textos como ponto de partida (e de chegada) de todo o processo ensino/aprendizagem desse objeto, o código alfabético passa a ser um sistema de representação. Produzindo e lendo textos, ainda que não de acordo com as convenções desse sistema, as crianças estarão sendo convidadas a refletir sobre a escrita em sua totalidade, sobre o sistema de representação e as formas que ganha esse sistema a depender do uso que dele se faz. O código alfabético deixa de ser um sistema fechado e ganha vida.

São três os períodos básicos do processo de compreensão do nosso sistema de representação:

*

No primeiro a criança começa a diferenciar a escrita e outros sistemas de representação, principalmente do desenho. Neste período a escrita passa a ser considerada um objeto substituto, portanto um sistema de representação.
*

O segundo período é caracterizado pela busca por parte das crianças, de certas propriedades de legalidade no eixo quantitativo, que deve ter a escrita. As crianças pensam que a escrita deve ter um mínimo de caracteres (geralmente dois ou três) para que diga algo. No eixo qualitativo, cada produção escrita deve ter uma variedade interna, isto é, os caracteres devem ser diferentes.
*

O terceiro período começa precisamente quando a criança corresponde partes sonoras. Implica em atribuir uma letra para cada sílaba. No eixo qualitativo, a criança começa a colocar letras semelhantes para partes sonoras parecidas. As contradições existentes neste período fazem com que um novo processo de construção seja iniciado. A criança passa

por um período de transição em que se mesclam idéias características do período silábico e do sistema alfabético, até que possa escrever de maneira sistemática, atribuindo as letras necessárias para representação dos fonemas necessários.